quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cães-guias para cegos


Até 1996, quando nasceu a primeira escola portuguesa de cães-guia, Portugal era o único país da União Europeia que não dispunha desta ajuda técnica para os deficientes visuais.
Um cão-guia para cegos é um animal, geralmente de raça retriever do labrador, que é educado durante dois longos anos para conduzir o dono em segurança nas suas deslocações. Os dois elementos da dupla servem-se do arnês para comunicarem um com o outro enquanto caminham confiantes pela rua.
Um cão-guia para cegos é um cão que tem por principal função conduzir uma pessoa cega em segurança através dos espaços onde ela precisa de circular. Assim, o animal guia a pessoa bem pelo meio dos passeios ou plataformas de estações ferroviárias, mantendo-a afastada da estrada ou da berma do cais. Evita todos os obstáculos com que o dono possa colidir, quer os que se encontram à altura do solo, como carros mal estacionados, postes, pessoas e até excrementos de outros animais, quer os que ameaçam a cabeça do cego, como ramos de árvores, por exemplo. Desvia-o dos buracos no pavimento, escolhe o piso menos acidentado, evita que a pessoa cega pise as poças de água. Procura-lhe um lugar vago no autocarro ou num café, leva-o até ao balcão de atendimento nos estabelecimentos comerciais, encontra-lhe a máquina multibanco ou telefone público mais próximos, localiza as passadeiras para peões e impede que o dono atravesse a rua quando estão carros a passar.
Não é qualquer animal que está à altura de desempenhar este papel. É preciso que tenha uma boa capacidade de aprendizagem, não só no que diz respeito à quantidade de informação que consegue interiorizar mas sobretudo no que se refere à capacidade de registo, ou seja, é necessário que não esqueça o que aprendeu.
Não pode apresentar qualquer sinal de agressividade, porque isso prejudicaria tanto a sua relação com o utilizador cego como a relação deste com as outras pessoas.
Tem que revelar bons índices de obediência e ser um cão mais submisso do que autoritário, para que o seu único critério para desobedecer ao dono seja evitar que ele ponha em perigo a sua segurança.






fonte: texto / imagem

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